Mesmo com as novas drogas reduzindo a taxa de mortalidade relacionada ao vírus e os soropositivos vivendo cada vez mais, cerca de 2,5 milhões de pessoas ainda são infectadas com o HIV todos os anos, segundo estudo feito pela revista “The Lancet HIV”. Esse estudo foi divulgado na Conferência Internacional de Aids, em Durban, na África do Sul. Segundo o relatório há “um cenário preocupante de progresso lento em novas infecções por HIV”, nas palavras do autor principal do estudo, Haidong Wang,do IHME – Instituto de Métrica e Avaliação da Universidade de Washington, Seattle, e essa situação pode estar agravada pela estagnação de fundos para programas de HIV/AIDS.
Segundo o diretor do IHME, Christopher Murray, um aumento drástico de esforço por parte dos governos e agências internacionais é necessário para que se possa atender a demanda de aproximadamente 36 bilhões de dólares todos os anos para que se complete objetivo de erradicar a AIDS até o ano de 2030. Nos últimos anos, ao redor do mundo, os países contribuíram com cento e dez bilhões de dólares para os programas de HIV e AIDS.
Segundo a OMS, atualmente existem aproximadamente 38,8 milhões de pessoas convivendo com o vírus, no ano de 2000 esse número era de 28 milhões de pessoas, em 2005 as mortes anuais por AIDS caíram de um pico de 1,8 milhão em 2005 para 1,2 milhão em 2015.
Em relatório anunciado em 2016, a UNAIDS alertou que a redução de novas infecções por HIV em adultos tem estagnado, na maioria das regiões não houve progresso entre 2010 e 2015. No Leste Europeu e Ásia central este número cresceu 57% no período mencionado, no Caribe 9% e no Oriente Médio e norte da África 4% de aumento. Já na América Latina o crescimento foi de 2%.

O diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibé, fez um alerta claro: “O poder de prevenção não está sendo realizado. Se houver um novo aumento de novas infecções por HIV agora, a epidemia vai se tornar impossível de controlar. O mundo precisa tomar medidas urgentes e imediatas para acabar com a lacuna na prevenção.”