Sífilis
O que é?
Esta é uma doença infecto-contagiosa que pode comprometer todo o organismo. Ela evolui lentamente e pode ter períodos mais e menos agudos. Seu agente é Treponema pallidum.
Essa doença pode ser transmitida durante a gravidez, da mãe para o feto, e é chamada de sífilis congênita. A sífilis divide-se em quatro categorias distintas devido a características de sua evolução: Sífilis primária ou cancro duro (com menos de um ano de evolução); Sífilis secundária (com mais de um ano de evolução); Sífilis latente; Sífilis Terciária.
Transmissão
A sífilis é transmitida através do contato sexual ou de forma vertical, isto é, da mãe para o feto durante a gravidez.
Sintomas
Sífilis Primária ou Cancro Duro
A presença de uma lesão rosada ou ulcerada com base endurecida, fundo liso, brilhante e secreção serosa escassa e pouco dolorosa é o principal sintoma. A infecção aparece normalmente no 21º dia após o contato sexual infectante, mas pode ser desde o 10º dia até o 90º.
No homem, a sífilis é mais comum na glande. Na mulher, é mais comum aparecer nos pequenos lábios, paredes vaginais e colo uterino. É muito raro, mas pode aparecer também em regiões que não são genitais.
Sífilis Secundária
Normalmente, são lesões cutâneo-mucosas, não ulceradas que aparecem depois de 6 a 8 semanas do surgimento da sífilis primária. Pode haver também febre, cefaléia e astralgias, entre outros.
Sífilis Latente
É descoberta através de teste sorológico pois não apresenta sintomas clínicos. Pode ser interrompida por sintomas da forma secundária ou terciária.
Sífilis Terciária
Os sintomas aparecem após 3 anos, mas podem se manifestar até no 12º ano da infecção. Podem ser lesões cutâneo-mucosas, neurológicas como demência, e cardiovasculares como aneurisma aórtico e articulares.
Exames
O exame mais comum de sorologia não treponêmica é o VDRL (Venereal Disease Research Laboratory). No Brasil, o Serviço Público de Saúde oferece esse exame gratuitamente até para o parceiro.
Há também o exame de pesquisa direta que exige uma técnica específica de coleta para microscopia em campo escuro. Há ainda exame de sorologia treponêmica.
Tratamento
A sífilis é tratada com medicamentos a base de penicilina, podendo ser curada se tratada adequadamente. A doença pode se agravar, por isso exige constante acompanhamento médico.
Gestantes devem ser tratadas durante a gravidez para não transmitir a doença ao feto.
Sífilis Congênita
A sífilis congênita é a transmitida durante a gravidez, de forma vertical, da mãe para o feto. A transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação e pode até matar o feto. A mulher deve fazer o exame de VDRL logo no início da gravidez. A sífilis pode ser curada durante a gestação. O parceiro também deve ser tratado para que não haja reinfecção.
Quando a mulher tem sífilis durante a gravidez, pode ocorrer o abortamento espontâneo ou parto prematuro, bem como. a possibilidade de alguns recém-nascidos apresentarem sintomas, entre outras complicações.
A sífilis congênita tem dois estágios: precoce (diagnosticada até o segundo ano de vida) e tardia (depois desse período).
Sintomas
Sífilis congênita precoce
Os sintomas surgem até os 2 anos de vida. Os principais são: baixo peso, coriza, obstrução nasal, prematuridade, choro ao manuseio, alterações respiratórias/pneumonia, icterícia, anemia severa, hidropisia, edema, pseudoparalisia dos membros, lesões cutâneas, entre outros.
Sífilis congênita tardia
Os sintomas que surgem a partir do 2º ano de vida são: nariz em sela, mandíbula curta, arco palatino elevado, surdez neurológica, dificuldade no aprendizado, entre outros.